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tenho um professor que disse na aula que todas as semanas ia mandar 10 perguntas como tpc e que isso no final do semestre se resumia a mais 3 valores à média dos testes. estive a contar o total de perguntas que ele mandou esta semana e entre a), b) e c) isto já vai em 23 perguntas. espero bem que isto seja o tpc de duas semanas porque se tenho isto todas as semanas acho que corto os pulsos.
esta semana tive esta conversa e pensei que fosse um tema interessante. de vez em quando é um tipo de conversa que aparece na minha vida e ao qual eu não dou muita importância porque foi e é a minha realidade. o tema é simples: um casal tem um filho pequeno e depois decide separar-se. eu tenho uma perspectiva disto bastante diferente. cresci assim e vivi feliz assim. a maior parte dos meus amigos tem sempre aquelas tiradas do "coitada da criança" ao qual eu respondo sempre "a criança irá sobreviver". depois vêm-me com a terrível e inquestionável pergunta: "E se te acontecesse a ti?!". Ao qual eu respondo "viver sem pai para mim é a normalidade e durante muito anos pensei que ia ser mãe solteira. não me imaginava no futuro com um homem ao lado. não vejo problema nisso. se uma relação não funciona, não funciona."
o amor nasce e morre. por vezes, desse amor nascem filhos. os pais separam-se e os filhos ficam com a mãe. o pai deixa de querer saber do filho. ora, isto é a minha vida. já estive mais chateada com isto, mas depois percebi que até tive um infância feliz sem pai, tendo claro o meu avô e o meu padrasto como substitutos. reparem, os meus pais separaram-se quando eu tinha um ano portanto eu nem sequer sei o que é viver com eles os dois. e apesar de não pensar que o divórcio seja uma coisa feliz, quanto mais cedo os pais se separarem, melhor para a criança. a normalidade do meu mundo é ter o meu pai e a minha mãe separados cada um no seu sítio. foi a minha normalidade enquanto criança. a maior parte dos meus amigos de infância tinham os pais juntos e não achava isso menos normal do que ter os pais separados. até porque depois a minha mãe juntou-se com outra pessoa, que não era o meu pai. achei que isto era mau? não, sempre aceitei isto. tanto do lado da minha mãe, como do lado do meu pai.
anos e anos mais tarde, a minha mãe e o meu padrasto decidiram separar-se. e isto para mim não foi nenhum bicho de sete cabeças. mas para o meu irmão foi. era a normalidade dele. ter um pai e uma mãe a viver juntos na mesma casa. ele era bem mais velho do que eu quando os meus pais se separaram e lembro-me de ver o meu irmão com a notas na escola cada vez mais baixas, a chorar no quarto e a dizer à minha mãe que a culpa da separação era dele porque ele não era bom na escola. isto é o que a separação dos pais faz a crianças mais velhas e é um caso bem mais complicado do que o meu foi. mas continuo a pensar que a separação não minoriza ou torna uma criança pior. acaba sempre por ser um processo de crescimento. até porque há situações bem piores.
ai senhores, que estava tão bem de férias. ainda não recuperei tudo o que tinha a recuperar. e ainda por cima percebi logo que o cadeirão do semestre se encontra em Finanças Comunitárias e já tenho um manual para comprar. só coisas bonitas!
boa notícia: estou presente na lista provisória do candidatos ao concurso para a carreira diplomática do MNE.
má notícia: não faço a mais pequena ideia do que consiste a prova de cultura geral e tenho um mês para ficar a saber.
há dias em que o mcdonald's e o burguer king deviam mudar de nome para "hungover food". o meu estômago aconselha.